Hoje, ela é a menina dos teus olhos,
E eu, a sombra que ficou para trás,
Nos dez anos que fomos nós
Nunca ouvi de ti esse tanto, esse brilhar voraz.
Chamas-lhe doce e fazes-te poeta,
Pintas-lhe versos onde eu fui prosa,
E eu aqui, entre livros e metas,
Vou erguendo sonhos sem nome de rosa.
Enquanto te embalas numa nova canção,
Eu vou fechando capítulos de vida.Quase no fim de um rumo que traço,
Enquanto o teu caminho ainda se perde na ida.
Talvez sejas mesmo um homem de fases,
Um poeta que ama sem se repetir,
Mas que quando a página se vira,
Só vê a cor nova, e a velha a sumir.
E assim, vou sorrindo do outro lado,
Sabendo que o tempo tem a sua ironia:
Ela é a menina dos teus olhos hoje,E eu, a mulher dos meus próprios, um dia.
E eu, a sombra que ficou para trás,
Nos dez anos que fomos nós
Nunca ouvi de ti esse tanto, esse brilhar voraz.
Chamas-lhe doce e fazes-te poeta,
Pintas-lhe versos onde eu fui prosa,
E eu aqui, entre livros e metas,
Vou erguendo sonhos sem nome de rosa.
Enquanto te embalas numa nova canção,
Eu vou fechando capítulos de vida.
Enquanto o teu caminho ainda se perde na ida.
Talvez sejas mesmo um homem de fases,
Um poeta que ama sem se repetir,
Mas que quando a página se vira,
Só vê a cor nova, e a velha a sumir.
E assim, vou sorrindo do outro lado,
Sabendo que o tempo tem a sua ironia:
Ela é a menina dos teus olhos hoje,
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