Há pessoas que são como casas às quais voltamos, mesmo depois de muito tempo. Podemos morar em outros lugares, experimentar outros caminhos,...
Há pessoas que são como casas às quais voltamos, mesmo depois de muito tempo.
Podemos morar em outros lugares, experimentar outros caminhos, mas há sempre um endereço secreto que continua guardado no coração.
Nós reencontrámo-nos em março. Foi como abrir uma porta antiga e perceber que, apesar dos anos, o espaço ainda nos reconhecia.
Em maio, demos nome ao que já se anunciava no olhar: voltámos a ser “nós”.
O tempo não nos poupou — ensinou-nos com dor, com ausências, com cicatrizes. Mas talvez fosse essa aprendizagem que nos faltava para chegarmos aqui, mais inteiros, mais conscientes, mais prontos.
Hoje, és o gesto que me acalma, o riso que me devolve leveza, a presença que não precisa de palavras para se fazer sentir. És o café quente numa manhã fria, o abraço que chega antes da dúvida, o lugar onde a minha alma repousa.
Eu não ignoro os meus medos. Eles existem. Mas contigo aprendi que o medo pode andar de mãos dadas com a esperança — e que escolher amar, apesar de tudo, é o ato mais corajoso que podemos ter.
Não sei onde esta estrada nos leva. Mas sei que quero percorrê-la contigo.
Porque há histórias que não se escrevem duas vezes: escrevem-se em continuidade, como capítulos que estavam apenas à espera do momento certo para voltar a ser narrados.
E a nossa história é uma delas.
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